Não sei dizer o que há, quando se diz respeito aos outros. Ou seria "Não sei o que há quando se diz respeito a mim?". Não sei o que pensar sobre o que as pessoas pensam, logo, não posso concluir(ou pensar) nada.
É o mesmo que entrar num mar sem saber onde o farol está. Ou expressar uma poesia sem que saibam interpretar. Ou, eu quem não soube me expressar?
Quando penso que sei, concluo que nada sei sobre o que talvez eu possa pensar (ou saber).
Vai ver, o meu poder de observação seja fraco ainda. Ou a clareza ainda é apenas sombra no meu consciente. Gosto das coisas claras, assim facilita a minha avaliação sobre determinado assunto. Mas, ainda não tenho a habilidade de esclarecer as coisas por mim mesmo.
Imagine só você: Enxergar uma situação com uma pessoa, e ter que avaliar uma ação ou algumas palavras, por perspectivas/ângulos diferentes. Imaginou? Agora imagine ter que avaliar as consequências da ação ou das palavras por todos os ângulos(ou perspectivas) de anteriormente. Imaginou? Agora imagine a dimensão que tomará todas estas consequências...
E por ai vai...
Complicado, não?!
Mas talvez eu conheça uma solução pra isso. Acho, que, simplesmente não há o que pensar... ou há?!
Enfim, mais uma vez eu aqui pensando em não pensar!
domingo, 24 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Palavras de um Poeta.
Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.
Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não astava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.
Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não astava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.
Mário Quintana
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Sábias palavras...
Tem que existir as dificudades que é pra se vencer!
[E realmente, tudo na bandeija... é sujeito não darmos o real valor às coisas!]
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